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segunda-feira, 17 de março de 2014

Por que a amizade Steroline é a melhor coisa da TV?

Na quinta temporada de The Vampire Diaries, uma dinâmica ficou completamente convincente, inspirador e divertida: a amizade entre Stefan (Paul Wesley) e Caroline (Candice Accola).
Num programa focado num triângulo amoroso turbulento e sempre em mutação, a amizade Steroline é como uma âncora numa tempestade de angústia adolescente. Tudo começou quando Stefan ensinou a Caroline como ser uma vampira, e evoluiu para uma relação de carinho e é igual quando Caroline oferece apoio a Stefan quando estava a lutar com a sua sede de sangue. Basicamente, estes dois arrasam. Eles estão sempre lá um para o outro mesmo quando Stefan teve amnésia e não se lembrava em quem confiar e não deixando as travessuras sobrenaturais e o drama pessoal que afeta muitos relacionamentos estragar o seu amor mútuo e o respeito um do outro. A amizade tem sido profunda num show que alimenta a sua narrativa com um ciclo de amor e traição dos seus relacionamentos amorosos. Embora isso provavelmente destaque um padrão preocupante em TVD retratando uma parceira romântica, também se destaca o quão incrível é a amizade Steroline. O exemplo mais recente vem sob a forma de defesa de Stefan quando Tyler julgava Caroline por dormir com Klaus. Lembrou-lhe que estava tudo bem cometer erros quando ninguém mais o faria. Ou, você sabe, fazer sexo com quem quisesse e não ser julgado por isso. Vá em frente, assista essas cenas novamente. São fantásticos.
Num nível mais formal, a amizade Steroline é um exemplo de que se pode sim ter uma amizade entre homem e mulher e em vários series e filmes podemos ver um romance surgindo de uma amizade, o que não acontece ainda com Steroline, não nos levem a mal, amamos essas histórias épicas de amor, triângulos amorosos, quadrados etc… mas podem resultar numa grande falta de amizade platónica entre as personagens. Como telespectadores, somos treinados para que cada dinâmica entre personagem masculino e feminino seja apenas um romance possível de acontecer, o que é problemático em muitos níveis. Em primeiro lugar, isso diz algo sobre o quão a televisão tende a ser heteronormativa. Em segundo lugar, define alguns exemplos estranhos de como uma pessoa na vida real deve reagir ao ver o sexo oposto. nós não estamos dizendo que cada telespectador pensa dessa forma, mas as narrativas que consumimos são parte de nossos respectivos processos de tentar entender o mundo e os nossos lugares na mesma.

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